Capital de giro simplificado.

Capital de giro simplificado.
Mais Gestão

Para quem é micro e pequeno empreendedor, os desafios diários são tantos que costumamos as vezes nem parar para pensar muito sobre todos eles. Boa parte dos gestores decidem focar em fazer o negócio “rodar”, atuando nas demandas diárias da rotina de cada negócio e “empurrando com a barriga” as decisões e ações estratégicas importantes.

Existem muitos motivos para o crescimento ou o fechamento de qualquer negócio, porém a questão que normalmente é o centro de ambos os acontecimentos é a mesma, a gestão financeira. É o resultado financeiro que indica se uma empresa cresceu e normalmente é ele que leva os proprietários a decidirem encerrar as atividades.

Em pequenos negócios normalmente tudo fica centralizado no proprietário, que muitas vezes não é totalmente capacitado para fazer a gestão financeira, e por mais esforçado e com boas intenções esteja, pode comprometer seriamente os resultados finais do projeto.

Um dos temas super importantes da gestão financeira é o CAPITAL DE GIRO.

É sobre ele que vamos tratar aqui hoje.

Capital de Giro é o recurso necessário para que as contas da empresa se mantenham em dia. Ele é utilizado para compra de matéria-prima, pagamentos de despesas operacionais, impostos, entre outros.

Em resumo é o $$$ que a empresa tem, menos o $$$ que a empresa deve.

 

Pontos que precisam de atenção em relação ao Capital de Giro:

– Minha empresa faz vendas a prazo (financia clientes);

– Mantenho estoque;

– Qual meu prazo de pagamento a fornecedores.

 

Aqui já começamos a perceber que sem gestão fica quase impossível mensurar essa conta, concorda?!

Vamos ver como funciona na nossa empresa fictícia de Confecções Joao Emoção:

Aqui o seu Joao compra a mercadoria e o período que ela leva do fornecedor até sua loja, mais o tempo médio de estoque e com a venda final ao cliente é de 30 dias, logo, nós temos o CICLO ECONOMICO do negócio.

Seu Joao negociou com o fornecedor prazo para pagamento de 15 dias e vende aos clientes com prazo médio de recebimento de 30 dias, identificamos aqui o CICLO FINANCEIRO.

Unindo as informações acima nós chegamos no CICLO OPERACIONAL!

Tá mas o que isso de fato quer dizer? Dá uma olhada no exemplo:

 

Isso significa que do dia que o Joao Emoção compra a mercadoria até o dia que ele de fato recebe por ela se passa um período de 2 meses! Então ele precisa ter recursos suficientes em caixa para garantir as operações nesse espaço de tempo!

Vamos fazer um cálculo de necessidade de Capital de Giro considerando os dados acima e o complemento que segue:

Valor de compras: R$ 7.500,00

Valor de Venda: R$ 15.000,00

Custo Fixo Mensal de R$ 3.500,00

Esse é um cálculo simples, considerando as informações acima a titulo de exemplo apenas, mas é possível compreender que nesse ciclo do Joao Emoção ele precisa de no mínimo R$ 22.000,00 de Capital de Giro para manter suas operações do período.

Se atente a isso:

Quanto menor o ciclo financeiro, melhor. Caso contrário, você pode precisar tomar medidas para garantir o recurso, aderindo a antecipação de vendas ou empréstimos bancários, gerando incidência de juros, impactando diretamente no lucro final do negócio.

O controle do Capital de Giro precisa estar acompanhado de outros indicadores financeiros como fluxo de caixa, ciclo financeiro (prazo de recebimento e pagamento), prazo médio do estoque entre outros para garantir a gestão completa do negócio.

Em empresas novas é importante entender o montante de dinheiro a ser investido para criação do negócio e o tempo que esse recurso voltará em forma de vendas e de dinheiro efetivo no caixa, por isso, repito, mapear o ciclo financeiro é de extrema necessidade.

Pontos que podem comprometer o Capital de Giro:

-Redução de Vendas;

-Inadimplência;

-Gastos e Despesas Inesperadas;

 

A inadimplência é um dos fatores mais críticos a se considerar, pois, você já baixou o estoque e absorveu todos os custos da venda e isso, se for em grande escala ou se você não tiver uma carteira de clientes pulverizada pode comprometer seriamente a sobrevivência do seu negócio, então uma DICA é além de pulverizar a carteira de clientes criar algumas alternativas de negócio, como vender pela internet ou atuar em mais de um nicho de mercado. Isso minimiza os riscos num caso de revés.

Se precisar buscar recursos no mercado, procure as opções mais baratas e mais do que isso, descubra a real necessidade da empresa. Ou seja, se essa necessidade de recursos é realmente oriunda das operações ou se existe algum descontrole de caixa ou saídas imprevistas que estão comprometendo sua operação. Se o problema central não for sanado, a necessidade de captar dinheiro em bancos fica cada vez maior (problema não soluciona, pago mais juros, faço mais dívidas, preciso vender cada vez mais para absorver essa estrutura) e ai é ladeira abaixo meus amigos.

De fato, leva algum tempo para que uma pessoa se torne especialista em um determinado assunto. Esse é apenas um dos pontos financeiros importantes a serem analisados e gerenciados.

Por isso o mais indicado aos gestores, é buscar ajuda especializada nesses momentos, assim você terá total segurança que o trabalho realizado está sendo correto e trará resultados concretos, além é claro de ser a ação indicada aos gestores. Sua missão é gerenciar, e não executar. Precisa buscar as pessoas e equipes certas para gerenciar cada parta do seu negócio com alta eficiência, e não tentar resolver tudo sozinho. Esse é um dos maiores erros dos micro e pequenos empresários.

Nós adoramos conhecer e ajudar a história de cada empresário a ter um resultado de sucesso.

Se você se identificou com esse texto e gostaria de receber ajuda na sua gestão financeira, entre em contato com a + Gestão, pois nós temos convicção de que será uma ação fundamental para a sobrevivência e crescimento do seu negócio.

Até o próximo artigo.